O artigo 5º da Lei de Biossegurança (número 11.105, de 24 de março de 2005), diz que "É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização 'in vitro' e não utilizados no respectivo procedimento".
O texto impõe como condições que os embriões sejam "inviáveis ou congelados há três anos ou mais, na data da publicação da Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem três anos, contados a partir da data de congelamento."
Em qualquer caso, prevê a lei, "é necessário o consentimento dos genitores." E as instituições de pesquisa e serviços de saúde devem "submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa." Também proíbe a "comercialização do material biológico"
Importante tambem lembrar que desde 2008 quando o primeiro projeto de lei foi votado em Brasilia autorizando as pesquisas com celulas tronco e que estas ainda hoje continuam poucas devido as falta de iniciativa do governo. Percebemos que a grande maioria dos estudos estão sendo realizados em parcerias com os grandes laboratorios e empresas que sabem o quanto vão lucrar com esses estudos. Infelizmente, quem sofre neste caso sempre será a população.
Francisco Fonseca
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Globo Repórter Revoluções Células Tronco Nova Esperança - Sexta-feira 16-04-2010
Programa Globo Reporter com as inovações do uso das celulas tronco
Vida Melhor - Saúde: Células-tronco na Odontologia
Reportagen com o Dr Vinícius Marchiori no programa Vida Melhor apresentando as novidades nos estudos com as celulas tronco.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Japoneses conseguem fazer crescer dentes em ratos
Pesquisadores japoneses conseguiram fazer crescer dentes em ratos adultos implantando uma espécie de semente resultante de bioengenharia na manbíbula dos roedores, uma técnica que consideram possível de realizar em outros órgãos, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira no Proceedings of the National Academy of Science (PNAS).
Até o momento, os biólogos controlavam uma tecnologia que permitia cultivar em laboratório certos tecidos que poderiam, em seguida, ser transplantados para animais.
Mas esses pesquisadores, sob a direção do professor Etsuko Ikeda, do Departamento de Biologia da Universidade de Ciências de Tóquio, foram mais longe na terapia regenerativa conseguindo criar in vitro uma 'semente de dente' e implantá-la na mandíbula de um rato de laboratório.
Funcionando como uma semente, esta 'semente' contém toda a informação genética necessária para o crescimento de um dente.
Depois da perda dos dentes de leite e depois de nascido o dente adulto, um novo dente pode crescer pela terceira vez consecutiva no mesmo alveólo. Os pesquisadores repetiram a operação várias vezes com êxito, segundo os trabalhos.
A estrutura e a solidez dos novos dentes são comparáveis com a dos dentes naturais, e foram desenvolvidos nervos que respondem ao estímulo da dor, segundo os pesquisadores.
"Esses trabalhos oferecem pela primeira vez a prova da substituição em um corpo adulto de um órgão completo e que funciona perfeitamente graças ao transplante de um germe reconstituído por manipulação celular in vitro", enfatizou Takashi Tsuji, um dos autores do etudo.
Os cientistas envolvidos acreditam que seu trabalho "representa um avanço importante na busca de terapias regenerativas ao mostrar o êxito de uma técnica que pode ser aplicada na substituição de outros tipos de órgãos danificados, doentes ou que estejam envelhecendo: ao invés de serem trasplantados, novos órgãos perfeitamente funcionais cresceriam no corpo a partir de células-tronco ou células germinaisFonte: (http://pt.kioskea.net/news/11595-japoneses-conseguem-fazer-crescer-dentes-em-ratos)
Paciente transplantado já fica em pé com sustentação dos membros superiores
C om pouco mais de 20 dias de tratamento na CASA (Clínica de Atenção à Saúde), da Estácio FIB, o primeiro paciente com trauma raquimedular transplantado na Bahia já fica em pé com sustentação dos membros superiores. A cirurgia ocorreu no dia 14 de abril, no Hospital Espanhol, e no dia 18 de abril o paciente foi encaminhado para o tratamento fisioterapêutico na clínica-escola do Centro Universitário.
De acordo com a fisioterapeuta, pesquisadora e fundadora da CASA, Claudia Bahia, o tratamento realizado com o paciente, que está lesionado há nove anos, é feito através da cinesioterapia (trabalho manual) e não com eletroterapia (terapia feita com aparelhos). “Já existe atividade clara em tronco inferior e membros inferiores, que permite ao paciente executar movimentos antes nem imagináveis: exercícios de dissociação de cintura pélvica, ’posição de gato‘, sedestração em bola suíça (com suporte em tornozelo) e bicicleta horizontal, com auxílio de membros superiores.
Cláudia Bahia afirma que a evolução do paciente é um passo importante nas pesquisas. “Em apenas 23 dias já conseguimos obter resultados significativos”, diz. A fisioterapeuta esclarece que disciplina é fundamental, para que sejam alcançados os objetivos, que no primeiro dia de trabalho foram estabelecidos para o paciente. “Ele é um exemplo de que, com determinação, tudo é possível”. “O paciente diz que vai sair andando, com andador, mas andando. Mantém o sentimento real de que vai conseguir”, complementa.
A pesquisa – Os primeiros testes foram iniciados no ano de 2005 e, desde agosto de 2010, 20 pacientes paraplégicos voluntários participam do projeto que tem como objetivo a recuperação neurológica. A iniciativa faz parte de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Hospital Espanhol, Hospital São Rafael e o Centro Universitário Estácio FIB.
O primeiro procedimento é realizar a coleta das células no Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC), do Hospital São Rafael. Com as células prontas para o
transplante (o que dura em torno de três a quatro semanas), o paciente é submetido à cirurgia e o passo seguinte é iniciar o tratamento de fisioterapia na clínica escola da Estácio FIB. São seis meses de tratamento na CASA, dois meses intensivos, e os outros quatro meses uma vez ao dia.
A participação do aluno – Durante todo o processo de tratamento na clínica, os alunos podem se inscrever e participar dessa iniciativa, supervisionados por professores – a coordenadora do curso de fisioterapia da Estácio FIB, Thaís Miranda, professora Nadja Maciel e pesquisadores.
Miranda afirma que a instituição possui uma clínica bem estruturada, o que é importante para que um paciente pós-cirurgia seja restabelecido. “No momento em que a Estácio assinou o convênio, abriu portas para que o aluno fizesse parte da história. Hoje, nossos estudantes já estão acompanhando o primeiro paciente após a cirurgia e, assim como todos nós, estão encantados com a reabilitação. É uma mudança de paradigma. Antigamente, não havia perspectiva para o paciente com trauma raquimedular, agora, apesar de ainda não sabermos o alcance real de toda a reabilitação, sabemos que o paciente melhora. E temos visto grandes progressos. Está sendo fantástico!”.
Segundo transplante acontece esta semana
Para realizar o transplante, as células-tronco são retiradas do osso do quadril do próprio paciente, separadas e enriquecidas em uma solução de hormônios, e vitaminas. Na incubadora, em condições especiais de temperatura e umidade, as células-tronco se multiplicam. Elas são mantidas por até um mês (em torno de quatro semanas). Esse processo oferece aos cientistas a quantidade de células-tronco que eles necessitam para a pesquisa.
O segundo paciente fez a coleta das células dia 29 de abril, no Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC) do Hospital São Rafael, e sua cirurgia deve acontecer esta semana. Quatro dias após o transplante, o paciente pode iniciar o tratamento de fisioterapia na CASA (Clínica de Atenção à Saúde), da Estácio FIB.
“A terapia celular é uma realidade. É o primeiro caso nesse modelo no mundo. É inédito. A Bahia saiu na frente na historia e a expectativa é de crescimento, mas depende dos resultados”, afirma Claudia Bahia. A partir dos progressos dos pacientes transplantados, a equipe de pesquisadores pretende ampliar o atendimento para um grupo maior. “Todo Fisioterapeuta tem de ser cauteloso, mas otimista. Por isso já imagino que daqui a pouco poderei colocar o primeiro paciente na esteira”, complementa a pesquisadora. “Uma caminhada de mil léguas começa com o primeiro passo, então, estamos na estrada”, diz.
Ainda é possível ser voluntário
Para ser voluntário do projeto, o paciente paraplégico precisa seguir os seguintes
protocolos: a lesão não deve ter sido causada por arma de fogo, não pode ter mais de 5 cm de lesão medular, deve ter mais de seis meses e pode ter de 18 a 50 anos.
Segundo a pesquisadora, há muitas pessoas querendo ser voluntárias. Existem 20 voluntários cadastrados que realizarão o transplante e farão o tratamento fisioterapêutico na clinica-escola da Estácio FIB gratuitamente. “No momento, estamos trabalhando com pacientes paraplégicos, mas pretendemos evoluir e avaliar outros protocolos”.
Fonte:http://portal.estacio.br/(02/08/11)
Avanços e pesquisas em CT
Que avanços as pesquisas científicas com células-tronco podem trazer para a medicina?
As células-tronco podem ser utilizadas para substituir células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, ou em tecidos lesionados ou doentes. As pesquisas com células-tronco sustentam a esperança humana de encontrar tratamento, e talvez até mesmo cura, para doenças que até pouco tempo eram consideradas incontornáveis, como diabetes, esclerose, infarto, distrofia muscular, Alzheimer e Parkinson. O princípio é o mesmo, por exemplo, do transplante de medula óssea em pacientes com leucemia, método comprovadamente eficiente. As células-tronco da medula óssea do doador dão origem a novas células sangüíneas sadias.
Por que permitir a pesquisa com embriões, se as células-tronco são também encontradas em tecidos adultos?
Porque as células embrionárias seriam as únicas que têm a capacidade de se diferenciar em todos os 216 tecidos que constituem o corpo humano. As células retiradas de tecidos adultos têm capacidade de dar origem a um número restrito de tecidos. As da medula óssea, por exemplo, formam apenas as células que formam o sangue, como glóbulos vermelhos e linfócitos.
PERSPECTIVAS DE APROVEITAMENTO CLÍNICO
Várias áreas da Medicina estão em período experimental de aproveitamento de células-tronco. Uma resenha das principais e mais consistentes experiências com o seu aproveitamento será apresentada a seguir:
Neoangiogênese
A formação de novos vasos sangüíneos a partir do uso de células-tronco está sendo cada vez mais evidenciada. Em revascularização de retalhos existem vários trabalhos pioneiros em andamento. No Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Porto Alegre, coordenado pela equipe da disciplina de Cirurgia Plástica da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, está aprovado pela CONEP um trabalho pioneiro de revascularização de retalhos com a utilização de células-tronco.
Cardiologia
A equipe da UFRJ desenvolve, também, trabalhos na linha de tratamento de cardiopatias, em parceria com o Hospital Pró-cardíaco, no Rio de Janeiro. Nesses estudos, foram realizados os transplantes de células-tronco adultas em 20 pacientes que aguardavam o transplante cardíaco. Do total de transplantados, 16 pacientes foram estudados por um longo prazo, demonstrando que a terapia celular trouxe consideráveis melhoras clínicas
Neurologia
Em 2002, foram apresentados resultados de experimentos em ratos adultos, com células-tronco isoladas do sistema nervoso central transplantadas, que apontaram a possibilidade de tratamentos futuros para doenças neurodegenerativas. Outras linhas de pesquisa com células-tronco também apresentam resultados promissores, entre elas a do tratamento de lesões traumáticas em que se utiliza uma injeção local de células-tronco medulares. Um estudo feito pela equipe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), conseguiu recriar impulsos elétricos entre a região lesada e o cérebro, pela aplicação de células-tronco medulares.
Ortopedia
As aplicações das células-tronco estendem-se, também, à engenharia biotecidual, que utiliza o rápido potencial de crescimento apresentado pelas células-tronco para a obtenção de tecidos, tais como ossos, pele e cartilagem, que são cultivados e reimplantados nos pacientes em casos de lesões. Este procedimento já é realizado no Hospital das Clínicas da UFRJ, pela equipe do pesquisador Radovan Borojevic. A equipe trabalha também em estudos envolvendo o tratamento de grandes lesões ósseas, as quais não têm possibilidade de regeneração espontânea. Nesses casos, são utilizadas células-tronco medulares injetadas em matrizes ósseas humanas, que permitem que as células-tronco se diferenciem em células ósseas, promovendo a regeneração do tecido lesado.
Endocrinologia
Estudos têm sido realizados em pacientes com diabete tipo 1. Essa doença é causada pela redução de disponibilidade ou perda de sensibilidade à insulina, hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue e é secretado pelo pâncreas. A partir de células pancreáticas de órgãos doados, os pesquisadores conseguiram a maturação in vitro de células-tronco de ilhotas. Dos 38 pacientes que se submeteram ao transplante, após um ano, 33 estavam livres da terapia com insulina. São relatos isolados entretanto de extraordinária importância se for analisada a possibilidade de cura dessa doença. Fica clara a necessidade de cautela no entendimento destas extraordinárias possibilidades de uso.
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