Uma nova técnica desenvolvida no Brasil pode ajudar a recuperar a visão a partir de uma fonte surpreendente: a polpa do dente de leite. De lá são retiradas as células tronco e uma equipe de pesquisadores em São Paulo já começou a testar em humanos. É a pauta do ESPAÇO ABERTO – CIÊNCIA & TECNOLOGIA / GLOBO NEWS. O correspondente Luis Fernando Silva Pinto informa que nos Estados Unidos há uma técnica diferente, mas que tem o mesmo objetivo: fazer os olhos verem com mais clareza. O avanço da Ciência, entretanto, vem superando limites da fantasia. Descobre nos dentes de leite utilidades que nem as fadas poderiam criar. Esperança para resolver problemas de visão, que afetam milhões de pessoas no mundo inteiro. Dente e olho, difícil encontrar estruturas mais distintas no corpo humano. Uma dura, resistente, com a função mecânica de triturar e esmagar; a outra, macia e delicada, preparada para filtrar os diferentes matizes da luz. Mas é nas jovens células do interior dos dentes de leite que um cientista brasileiro está encontrando elementos para devolver saúde a olhos que perderam a capacidade de enxergar. São células tronco da própria pessoa. E, portanto, sofrem menos rejeição quando implantadas. E podem se desenvolver como células de outras partes do corpo. O repórter Ricardo Lessa mostra um laboratório em São Paulo que as células extraídas dos dentes de leite são induzidas a produzir células de córnea. Uma pesquisa pioneira no mundo e uma nova esperança para quem tem cegueira nos dois olhos. Quem explica em entrevista como funcionam as pesquisas e finalidades é o Dr. José Álvaro Pereira Gomes, diretor do Centro Avançado de Superfície Ocular da Universidade Federal do Estado de São Paulo - Unifesp. As células que são extraídas dos dentes de leite implantadas em uma região especial do olho afetado, chamada “limbo”. O Dr. José Álvaro trabalha em cima desta pesquisa há mais de dez anos. A grande dificuldade dos médicos oftalmologistas é conseguir reverter um problema quando ele afeta os dois olhos dos pacientes, vítimas de doenças, queimaduras ou outros acidentes. Uma vantagem adicional da pesquisa com as células tronco dos dentes de leite é que a patente é nacional, registrada pelo Instituto Butantã de São Paulo. Um trabalho que foi premiado em congressos internacionais de oftlamologia. Os resultados obtidos pela equipe brasileira serão apresentados no mês de outubro no Congresso da Academia de Oftalmologia dos Estados Unidos. E para a professora Nady Gloestaneh, bióloga molecular em Georgetown, em poucos anos, a coleta de células de nosso próprio corpo para a cura dos nossos próprios males vai ser algo comum. Ela dá longa entrevista ao correspondente Silva Pinto, nos Estados Unidos, que ainda informa que com a criação das novas células embrionárias, a perspectiva é de uma Medicina nova, regenerativa.
Mais informações: http://www.globonews.com.br/
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